terça-feira, 28 de maio de 2013


Sessenta e quatro mil ditames enlameados. A hora não tarda e os cabelos desprendem-se da cabeça. Era filme mudo com falas longas: coquetel de migalhas para quem souber esperar. Fazia malabares e rezava longos terços todas as noites. Sangrava ao pé da cama –todos os dias antes de dormir. Era cheia de fés sem sentido: acreditava que subir escadas era forma de se conquistar. Mas enroscava as páginas como quem não sabia. Vertia água pelas pontas dos dedos... não era mar, nem onda, nem riacho cortando desertos: era refluxo que não se continha, mas não deixava de estar.

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