Desfigurando compassos perdidos de tanto zelo: a amargura é
forma anexa e explícita, e o tempo carrega sussurros que respingam pelos quatro
ventos. Afinal, quem se dói se sabe doendo? É tortura tontura tateando
queria mil vezes gritos mudos que quebram espelhos
e um caminho de rosas que pulsam e desenlaces que
cortam
(mas o vento sempre bate forte na cara)
((e o tempo que se cabe é o fatídico fim))
voltaria triunfante e altivo se não fossem
os cabelos emaranhados de tanto pensar
pesar
e seria sorriso em tarde quente
-mas os caminhos se são partidos
como quem nunca chegou
e a tarde escapa pelas mãos como
descerebrados estamos
- e não poderíamos pensar-
mas o vento é sempre breve e
embriaga mais que
piña colada derramada no asfalto
(((faltava terra firma
e um bocado de quentura)))
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