domingo, 22 de novembro de 2015


Arrefece no peito esparso alguma saudade estranha – melancolia insone no centro-eu que se faz verso. Saber ser página de livro: oscilando entre águas avulsas – a naufragar a garganta como uma melodia doce. São olhos avessos que não acarinham --- tens dois olhos irregulares, e um terceiro a chafurdar debaixo do chuveiro roseiras inteiras. São ninhos essas palavras que não cantam. Encontro entrepeles que fatiga e não dá paz: o roçar ameno palpita como goteira de torneira velha. Agora são quatro: quatro olhos nus não desvelando mistério nenhum – pra que tentar se, no fim, a pele toda se dói em tormenta? Alguns passos a frente e são quatro olhos sorrindo desencontrados – anybody seen my baby? Ecoam pelas paredes rolling stones cansadas demais... vai ver era só pressa. E deixou queimada a língua que não sabe ser lenta. Lentoespaçodentro, alguém já disse, desabando com o fora fora fora real demais.

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