Arrefece no peito esparso alguma saudade estranha –
melancolia insone no centro-eu que se faz verso. Saber ser página de livro:
oscilando entre águas avulsas – a naufragar a garganta como uma melodia doce. São
olhos avessos que não acarinham --- tens dois olhos irregulares, e um terceiro
a chafurdar debaixo do chuveiro roseiras inteiras. São ninhos essas palavras
que não cantam. Encontro entrepeles que fatiga e não dá paz: o roçar ameno
palpita como goteira de torneira velha. Agora são quatro: quatro olhos nus não
desvelando mistério nenhum – pra que tentar se, no fim, a pele toda se dói em
tormenta? Alguns passos a frente e são quatro olhos sorrindo desencontrados –
anybody seen my baby? Ecoam pelas paredes rolling stones cansadas demais... vai
ver era só pressa. E deixou queimada a língua que não sabe ser lenta. Lentoespaçodentro,
alguém já disse, desabando com o fora fora fora real demais.
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