Não vamos deixar que um passado carcomido responda desejos
indeléveis
Seria mais fácil o arroubar dos grãos quando se tem lama e
secura por entre os dedos. Versos sem carne nem espécie passam, percorrem,
dizimam espaços bem-feitos de sinceridades mórbidas. Ventres velhos ao desgaste
improvável: gostaria de subir edifícios flutuantes aterrissar em qualquer
bagagem lancinante, perscrutar incalculáveis edifíciosdor: seria improvável o
acontecimento frente aos fatos. E a decolagem seria decupagem barata
levianamente calculada. ARMAÇÃO AOS MENTEDORES. Faria-se carne se fossem as
borboletas dignas de qualquer carícia: tudo voa como rajadas. Éguas brancas
ensopadas ao raiar do dia: era FOME, mas viria a ser glote não fosse o
pensamento. Arrebatados estavam todos dissonando selvagerias quaisquer. O pasto
agora límpido incorreria qualquer dissociação inescrupulosa, VERDES VERDES COMO
O MAR estavam estampados na cara de qualquer meninamoça vestida de branco. Era
altar... não poderia jamais perder o gozo inebriado das paragens. Correria
vinte e sete mil léguas submarinas antes de perder o gosto de mofo cheirando
garganta abaixo. Era séquito de fagulha mil: brilhava como qualquer cão
vira-lata abandonado no abismo das palavras. Queria correr, voar, gingar como
quem canta canção atordoante: queria verso sem chamego, boca sem mistério, fala
sem voz. Adquiria fagulhas de vento ao raiar de qualquer arco íris. Fagulha
séquito indissipável: vomitava, de tempos em tempos, quatrocentas letras
naufragadas ininterruptamente. VEM SER MAR !–socorreria bem alto, e as plumas
verdejando os olhos como quem tem medo do escuro. VEM SER MAR! –ecoaria pelos
portos insaciáveis de ternuraamorfa. VEM SER MÁGOA!
e fim.
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