segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Não vamos deixar que um passado carcomido responda desejos indeléveis
Seria mais fácil o arroubar dos grãos quando se tem lama e secura por entre os dedos. Versos sem carne nem espécie passam, percorrem, dizimam espaços bem-feitos de sinceridades mórbidas. Ventres velhos ao desgaste improvável: gostaria de subir edifícios flutuantes aterrissar em qualquer bagagem lancinante, perscrutar incalculáveis edifíciosdor: seria improvável o acontecimento frente aos fatos. E a decolagem seria decupagem barata levianamente calculada. ARMAÇÃO AOS MENTEDORES. Faria-se carne se fossem as borboletas dignas de qualquer carícia: tudo voa como rajadas. Éguas brancas ensopadas ao raiar do dia: era FOME, mas viria a ser glote não fosse o pensamento. Arrebatados estavam todos dissonando selvagerias quaisquer. O pasto agora límpido incorreria qualquer dissociação inescrupulosa, VERDES VERDES COMO O MAR estavam estampados na cara de qualquer meninamoça vestida de branco. Era altar... não poderia jamais perder o gozo inebriado das paragens. Correria vinte e sete mil léguas submarinas antes de perder o gosto de mofo cheirando garganta abaixo. Era séquito de fagulha mil: brilhava como qualquer cão vira-lata abandonado no abismo das palavras. Queria correr, voar, gingar como quem canta canção atordoante: queria verso sem chamego, boca sem mistério, fala sem voz. Adquiria fagulhas de vento ao raiar de qualquer arco íris. Fagulha séquito indissipável: vomitava, de tempos em tempos, quatrocentas letras naufragadas ininterruptamente. VEM SER MAR !–socorreria bem alto, e as plumas verdejando os olhos como quem tem medo do escuro. VEM SER MAR! –ecoaria pelos portos insaciáveis de ternuraamorfa. VEM SER MÁGOA!




e fim.

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