quarta-feira, 23 de abril de 2014


As rugas dissipavam-se lagoa abaixo, era querer compêndios que não viriam o que fazia com que tudo desesperasse. Era fome de arrebatar os mais beatos dos gestos. Faria sentido se não fossem as curvas. Melancolia não tão explícita de naufrágios calcados a sangue e pó nas curvas do teu eu (tão meu...) Era um quebrar sem cacos que faria qualquer quantia de cura dissipar-se no espaço vazio de uma melodia sem cordas. Faria sentido se não fosse o próprio sentido. Ou o próprio sentir. Guardava a sete gavetas mal enceradas uma porçãozinha de desvanecimento que faria florescer até o mais podre dos altares. Era preciso ir para poder ficar? Era preciso repudiar, afastar, malograr para que pudesse, enfim, engolir? A seco. Borbulhava nas concavidades todas aquela falta não tão explícita... era preciso ir para voltar? Faria com que chovessem bocados de sentimentalismos baratos para então fazer sentido?

(faria sentido se não fosse você?)

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