Antes que sangre o dia apreenderia prazeres indissipáveis:
porque era dessas que carregavam asas e troféus não importa por onde, e limpava
com tamanha delicadeza alguns cortes e chãos. Lustrava – ou ilustrava- feridas
mortas por capelas altíssimas e fazia voar ventos arrebatadores... saberia, ao
raiar de qualquer coisa, que o importante era sempre entrega, não importa o
quanto doesse, entende? Iria fazer versos
celebrando abismos multicoloridos, mas preferiu ventoinha de fumaça
baloiçando ao pé da cama: estirada e extensa por sobre todo o movediço espaço,
conseguiria quebrar algemas e irromper buracos ocos em cavidades absurdas. Mas que
se sabe sobre? Era apenas faísca abandonada no chão: celebraria incêndios ou
feridas?
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