domingo, 28 de junho de 2015

era um zunido arrepiado no meio da testa ondulante. faria qualquer gesto e o debruçar não cessava. vã histeria de se saber vivo: de que valem moedas, cascatas e alguns palácios? o toque desmorona, o ar embaça e as veias engessam nesse farfalhar desentupido. era necessário reza forte pra acordar o que já adormeceu. contar os ataques em lodo cru: tuas varizes colidem e quebram as pernas. pra que continuar respirando se o vento arregaça os narizes? gostava de canção lenta pra fazer disparar - tiros ao contrario engasgando a garganta. e então se fere: como quem pede perdão. mil desculpas pra deixar queimar a pele… de nada acalenta esse mistério: o frio é duro demais com quem ousa se cobrir. valeria alguns trocados bem gastos essa miudeza que chamo de lar. mas, então, as caras todas se refazem num grotesco mistério: é ir adiante o naufrágio desse navio? ou seguir cortando as escamas pra conseguir respirar? viver é melodrama boquiaberto… e as caudas todas tem cheiro de enxofre: deixa deixa deixa (uma hora o pêndulo despedaça a tua espera) ((( e nada mais acorda)))

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