domingo, 5 de abril de 2015

Vejo algumas joaninhas por ano e penso ser suficiente pra dar sorte: arrastei as tais vísceras cansadas pelo asfalto até cançar desse terremoto sem tormento aparente. vocifera algumas palavras como quem desespera: é no íntimo que lateja onde eu te encontro. Mas parou de pulsar: troquei os sangues, fiz compressa, liquidifiquei as memórias. Cortei teus pulsos como animal cinzento pra parar de doer. fita esse vazio todo no meio da testa – resolvi partir, mas ainda permaneço. Estremece meus paladares todos: encolho os ombros numa vontade de chegar ao umbigo – chega – e não mais perto. O relógio quebrou faltando quinze minutos. Meu estômago palpitou e alguém desligou o rádio que tocava baladinhas românticas.
(era vontade, mas deslizou pro mar)

- desisto desses impropérios todos. Meu pensar pesa por sob a tábua de frios: encardidos desvencilhamentos do destino. Perdi tanto o ritmo que descompassei os dedos.


Envergadura irreconhecível: te abrigo
como quem abate um boi no matadouro.

 (((as gotas todas pendem no fundo das unhas)))

                                                                                   

- Fundo rouco dessas emoções baratas: o sentido perece enquanto a voz se ausenta. Perdi a capacidade de dizer:


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