(mão gelada, ouvido em riste - teme o ardor com que os olhos
chegam fraca e fulgurante esse sabor de coisa
oca debaixo do nariz)
(((deixar atordoar os sentidos quem menospreza os espaços)))
e fazer varar a noite como quem pode virar lobisomem
adiante tem um filtro de lama e barro - vivificado como quem
consente
e cose os traços lentos desse escoar
murmurado
- faz os ritos como quem desacelera -
engessa a cara e vaga até o sol virar maio estampado no
fundo da garganta
(antecede o esquecimento: vem vem vai
e c o n g e s t iona o torpor afável do quase-frio de dezembro)
ao tardar dos fins a conjectura movimenta grotescos ondulantes: deixa crescer no centro da cabeça a espiadela mais enfadonha: ao cruzar dos vagalumes teus sinais estarão estáveis: o verão arrebata o cansaço dos braços e faz gesto de amor virar profundeza
trinta e cinco borboletas pra cada mordida - um dia o que queima vira chão… e corrói.
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