Dor que dilacera sorrindo. Traz no peito sempre aberto facas
e gemidos, frio e um bocado de quentura. É na dor que se encontram. Pontadas na
barriga: o caos ia enaltecendo aqueles corpos tão disformes. Feridas frescas
ainda sangram ao pé da mesa, e não nos cabe fazer nada. Porque o doer dilacera,
sufoca, grita dentro do ventre: esbraveja como um condenado. Levaria meses para
concluir aquele quadro. Depois, só se permitiria um único suspiro. Com flores
no cabelo, voltaria a dançar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário