sábado, 13 de abril de 2013


Dor que dilacera sorrindo. Traz no peito sempre aberto facas e gemidos, frio e um bocado de quentura. É na dor que se encontram. Pontadas na barriga: o caos ia enaltecendo aqueles corpos tão disformes. Feridas frescas ainda sangram ao pé da mesa, e não nos cabe fazer nada. Porque o doer dilacera, sufoca, grita dentro do ventre: esbraveja como um condenado. Levaria meses para concluir aquele quadro. Depois, só se permitiria um único suspiro. Com flores no cabelo, voltaria a dançar. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário